>Feliz Páscoa, simples e justa!

>Nenhum evento jamais foi cercado de tanta injustiça como a morte de Cristo. As acusações falsas e solertes dos líderes religiosos judeus; um julgamento cheio de ilegalidades processuais; a indignidade de uma morte cruel para alguém que emblematizou a essência pacífica do Evangelho no sermão do monte, são algumas das razões que nos levam a essa conclusão.
Diante de tanta injustiça, era de se esperar que Deus fizesse justiça não apenas com a ressurreição de seu Filho, mas também com manifestações inquestionáveis do seu poder e vingança sobre os causadores de tudo isso.
É esse o nosso problema. Estamos sempre esperando que Deus se manifeste em espetáculos que impressionem a volúvel natureza humana que, aliás, não se cansa de espetáculos cada vez mais grandiosos e bizarros; e com isso não percebemos que a justiça divina se manifesta de forma poderosa, porém, simples e justa!
Ao ressuscitar, o Mestre saiu da tumba incógnito. Todo o aparato judiciário e militar envolvido na prisão, julgamento e crucificação foi ridicularizado com essa saída, mostrando de forma prática que não era possível que algo o dominasse, nem mesmo a morte (Atos 2:24).
Depois de ressuscitado, Jesus não apareceu para multidões bradando seu poderio, simplesmente voltou a ensinar e pediu a uns poucos discípulos que aguardassem o recebimento do poder que lhes permitiria testemunhar de tudo que haviam visto e ouvido (Atos 1:6-8).
A verdadeira Páscoa nos remete ao livramento do povo de Israel do Egito e nesse livramento estão reunidas e prefiguradas as lições da revelação salvífica de Deus ao homem.
Cercados de injustiça, em meio à complexidade do mundo em que vivemos, o júbilo pelo livramento, da páscoa original indica outro cordeiro. Quem nele crer será salvo e quem não crer estará sujeito ao julgamento que, finalmente, fará justiça completa. (Atos 17:31).
Simplicidade e justiça, duas realidades bíblicas para experimentarmos nesta data que, comemorada na forma pagã habitual, não é nem cristã nem bíblica. Mas a oportunidade para refletir sobre a grandiosidade da morte e ressurreição de Cristo, razão da nossa fé (1 Coríntios 15:18) é sempre preciosa.

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